Letícia Casado

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Reportagem

Tarcísio presidenciável força desistências e empurra Senado ao centro

Uma eventual candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à Presidência da República em 2026 tende a empurrar os concorrentes para o Senado, levando a composição da Casa legislativa mais ao centro.

O cálculo está sendo feito por integrantes do centrão e leva em conta a potencial desistência de outros concorrentes por causa do arco de alianças que Tarcísio terá em torno de seu nome.

Os governadores de Minas, Romeu Zema (Novo); de Goiás, Ronaldo Caiado (União); e do Paraná, Ratinho Jr. (PSD) ficariam sem força para fazer frente a Lula (PT) com Tarcísio na jogada, sendo forçados a concorrer ao Senado, diz um integrante do centrão.

A definição do representante da direita na eleição presidencial de 2026 vai passar pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), principal expoente político deste campo.

No momento, a família Bolsonaro ainda não tem Tarcísio como o candidato, mas aliados seu próprio partido e do centrão dizem que é possível convencer o ex-presidente a apoiar o governador de São Paulo.

O argumento central é que Tarcísio poderia unir o maior número de forças políticas com os apoios de legendas mais ao centro, como PSD, MDB, além de PL, Republicanos e da federação União-Progressista.

A ideia seria formar uma chapa com mulher na vice, como a senadora Tereza Cristina (PP-MS), ligada ao agronegócio.

Outra possibilidade seria a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) na vice, ligada aos evangélicos. Essa composição, no entanto, dificultaria a coligação com partidos do centro por causa de seu sobrenome.

O governador de São Paulo tem dito que vai concorrer à reeleição. Mas aliados de Tarcísio afirmam que, se o ex-presidente Jair Bolsonaro pedir, ele sai para a disputa presidencial.

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A disputa pelo Senado em 2026 é considerada fundamental pelo partido de Bolsonaro. Cabe ao Senado, por exemplo, abrir processos de impeachment contra um ministro do Supremo Tribunal Federal.

O PL calcula ser possível conquistar ao menos 15 das 54 vagas que estarão na disputa.

A ideia é lançar integrantes da família em diferentes estados para garantir ao menos uma das duas vagas que serão abertas: Michelle (Distrito Federal), Flávio (pela reeleição no Rio), Carlos (Santa Catarina) e Eduardo (São Paulo).

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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