Raquel Landim

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Opinião

Quando o Banco Central vai começar a reduzir a taxa de juros?

Quando o Banco Central vai começar a reduzir a taxa Selic?

É estranho questionar isso no momento em que o Comitê de Política Monetária (Copom) acaba de elevar os juros pela sétima vez seguida, para 15% ao ano, o maior patamar desde junho de 2006.

Mas é essa pergunta que vai dominar as rodas de conversas de economistas, empresários e também de políticos nos próximos meses quando o assunto for juros.

Alguns analistas acreditam que ainda pode existir uma brecha para a queda da Selic no final desse ano, a medida que a inflação de alimentos arrefeça, o câmbio não atrapalhe e o próprio aperto da política monetária comece a frear o aumento dos preços dos serviços.

Outros duvidam que o BC vá se arriscar dada a incerteza lá fora e aqui dentro.

Não só as políticas tarifárias de Donald Trump ainda sacodem o mundo, como a política fiscal brasileira não dá trégua. Isso sem falar na guerra entre Irã e Israel.

Em seu comunicado, o Comitê de Política Monetária (Copom) confirmou que deve interromper a alta de juros na próxima reunião, mas tentou mostrar firmeza ao dizer que "não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado".

Para analistas, o BC faz bem em deixar as portas abertas para mexer na Selic para cima ou para baixo, já que as expectativas de inflação seguem desancoradas e não há sinal de controle de gastos efetivo no horizonte.

O Executivo propõe aumento de impostos ao invés de cortar gastos, enquanto o Congresso barra o ajuste nas contas via arrecadação, mas segue elevando os salários do funcionalismo.

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Não serão poucos, contudo, os políticos e empresários que vão pressionar por queda da Selic a medida que o ano eleitoral se aproxime.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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